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Personagens da vida real por trás das máscaras



As máscaras se tornaram um acessório indispensável em nosso cotidiano. Por trás de cada uma delas encontramos pessoas comuns, que, de uma hora para outra tiveram que se reinventar em diferentes níveis de diferentes formas. Trazemos aqui algumas narrativas de personagens da vida real, são moradores do Rio de Janeiro que nos contam o que a Covid-19 mudou em suas vidas.


Rotina estranha

“Sinto falta da escola, nós passamos a ter atividades on-line no mês de julho. Perdi a noção de tempo, tenho dormido muito pouco. Voltei a desenhar, a dançar e me distraio na cozinha preparando minhas receitas. É muito estranha essa nova rotina, sem sair de casa, mas tenho conseguido ser paciente. Nesse período, mudei o cabelo inúmeras vezes e tem sido uma fase importante para meu autoconhecimento", Larissa Amaral, 13, estudante da rede pública.



Bom desempenho nas aulas online

“Fiquei pouco mais de um mês sem aula, mas me adaptei rapidamente ao processo online que a escola adotou. Consegui prestar mais atenção ao conteúdo das disciplinas e tirar dúvidas com os professores. Nas aulas presenciais, me distraía facilmente. Então, essa experiência foi bastante proveitosa para mim, que concluo o Ensino Médio este ano", Guilherme Gaudencio, 17, estudante da rede privada



Tempo para desacelerar

“Comecei 2020 com o objetivo de me tornar uma pessoa melhor. Já estava em um momento de introspecção, quando tivemos que ficar confinados em casa. No aspecto profissional, isso foi bem significativo, coma a perda de muitos trabalhos e no adiamento de alguns projetos. Reduzi os custos de casa e desacelerei. Aprendi a meditar, e todo esse período foi importante para permitir que eu identificasse a minha real necessidade." Fernando Cunha Jr, 36, publicitário, roteirista e fotógrafo


Mobilização solidária

“A adaptação para home office foi tranquila. Passei a ter tempo para cuidar da minha saúde e curtir mais o meu filho. Consciente do cenário de desigualdade, decidi ajudar famílias carentes, orientando-as na realização de cadastros para recorrerem ao auxílio emergencial. Levantei uma campanha na internet e com a arrecadação tenho montado cestas básicas para 40 famílias, com kits infantil e de higiene.” Thiago Dourado, 37, analista de sistemas


Enfrentando os desafios

“Durante a pandemia me cadastrei no e-Psi para atendimento psicológico on-line. Apesar de nem todos os pacientes conseguirem se adaptar a esse novo formato, foi uma alternativa para que alguns seguissem em tratamento. Tem sido um desafio para todos nós e vejo que muitos conseguiram se reinventar, mas, no geral, a tendência é a de que as pessoas retomem velhos hábitos, conforme percam o medo do desconhecido,” Luciana Nascimento, 47, psicóloga


Empreendimento próprio

“Trabalhava há 20 anos para uma rede de lojas do setor da moda, mas a empresa demitiu um número grande de funcionários, inclusive eu, tão logo o comércio foi fechado no Rio de Janeiro. Encarei a situação de desemprego como a oportunidade para iniciar meu empreendimento. Passei a usar as horas livres para estudar, investi em cursos e equipamentos, registrei minha empresa e estou atuando no mercado de produção de audiovisual.” Marcelo Santos, 47, design



Finanças fragilizadas

“Comecei a vender lanches na região portuária do Rio em 2019 e quando as coisas estavam se estabilizando a pandemia chegou no Brasil. Em março, as ruas já estavam vazias. O começo foi de desespero dependia de ajuda mesmo com a liberação do auxílio emergencial que só cobria o aluguel e contas básicas. Voltei às ruas em agosto. O movimento ainda é bem fraco, mas sou otimista e tenho esperança de que tudo isso vai passar.” Cátia Monteiro, trabalhadora informal – 49 anos


Ensinando pelas telas

“Com a ajuda do meu filho de 17 anos me adaptei para as aulas a distância. O tempo de convívio com meu filho e minha mãe foi o melhor que poderia ter acontecido nesse período. Não sabia o que era fazer uma refeição com eles ou assistir a um filme juntos durante a semana. Mas, não vejo a hora de reencontrar minhas crianças." Joelma,50, professora do Ensino Fundamental



Perdas e ganhos

“Estou vivendo um turbilhão de emoções. Apesar da necessidade de me manter isolada em casa com meus filhos, o momento é de guinada profissional, o trabalho aumentou expressivamente e pude desencadear alguns projetos. Ofereço soluções tecnológicas e a demanda está em alta. Após tantos meses, não vejo a hora de reencontrar meus pais, amigos e parceiros de trabalho para boas conversas com abraços liberados”, Cláudia Amaral, 51 empreendedora.


Crédito: (Patrícia Goudêncio, Rio de Janeiro)


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