A história e representatividade do Monumento dos Imigrantes

Obra símbolo da imigração italiana chegou a ser furtada em Valinhos (SP) e ganhou nova forma nas mãos do artista Sérgio Ceron.

"Monumento dos Imigrantes", obra que representa a imigração italiana na cidade de Valinhos (SP). Foto: Júlia Ribeiro

Por Júlia Ribeiro

O monumento dos imigrantes de Valinhos, no interior de São Paulo, é uma importante representação da imigração italiana na cidade. Após a estátua original ter sido furtada no segundo semestre de 2018, uma nova réplica feita pelas mãos do artista Sérgio Ceron foi realocado no local de origem.

O artista, foi convidado a refazer a obra pelo ex-secretário de cultura do município, Tite Stopiglia. Ceron conta que para fazer a obra pesquisou sobre famílias imigrantes, incluindo a sua que veio de Veneto, nordeste da Itália. “Se tornou um projeto pessoal. Pensei na minha família que veio ao Brasil em 1914 e que enfrentou dificuldades”, afirma.

O primeiro monumento criado na década de 1990, era feito todo de bronze. Já a nova réplica é feita de concreto. Além dessa diferença no material utilizado, a nova obra também foi recriada no tamanho original, com dois metros de altura. Enquanto que o monumento original tinha apenas 60 centímetros.

A escultura foi entregue após cinco meses de trabalho e as mudanças foram aprovadas pela Secretaria de Cultura e também pela população valinhense, como comenta o artista: “Recebi muitos elogios pela volta da escultura. E com as adequações que fiz ela ficou mais representativa", finaliza.

A obra que reproduz uma família italiana (pai, mãe e dois filhos), sendo um de colo e outro com os pés sobre um globo terrestre, pode ser conferido na Praça José Ferraro, entre as Avenidas Imigrantes e Gessy Lever, na cidade de Valinhos. Mesmo local que ficava a estátua original.

O artista, Sérgio Ceron, comenta que refazer o monumento "se tornou um projeto pessoal". Foto: Maria Ceron

Molde da obra que reproduz uma família italiana (pai, mãe e dois filhos), sendo um de colo e outro com os pés sobre um globo terrestre. Foto: Maria Ceron