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Teatro Paiol: de depósito de pólvoras à espaço cultural


O Teatro Paiol é o símbolo da Fundação Cultural de Curitiba. (Crédito: Caroline Oliveira)

Construído em 1906, o paiol de pólvoras idealizado pela prefeitura e exército era o local onde se guardavam materiais inflamáveis. Com o formato redondo (para caso houvesse uma explosão os materiais seriam lançados para cima e não para os lados) a obra que mantém as características originais da construção romana, funcionou até 1917 como deposito de pólvoras. O local que também já serviu como um acervo de documentos da prefeitura e de armazenagem de piche, atualmente é um espaço cultural e auditório para teatro e espetáculos musicais.


A ideia de transformar o antigo paiol de pólvoras em teatro, veio de um projeto de urbanização de Curitiba assinado pelo arquiteto Abrão Assad. O local passou por algumas reformas e atualmente além de receber artistas nacionais, o espaço é uma ótima oportunidade para os artistas paranaenses.


Com essas mudanças foram adicionados alguns espaços, como por exemplo os camarins, local que já foi utilizado como um bar. Um 2° piso também foi adicionado para cuidar da iluminação e do som nas apresentações. “Com a construção da Avenida ao lado, a parede começou a ter rachaduras e foi necessário colocar um suporte para que não caísse”, diz Rogério Bordenowsky, funcionário do teatro há 29 anos.


O primeiro palco em forma de arena tem espaço para 217 espectadores e grandes nomes nacionais já passaram por ali. Um exemplo é Vinicius de Moraes, presente no show de inauguração do local em dezembro de 1971. Vinicius também compôs com Toquinho a música intitulada de “Paiol de Pólvora”, em homenagem ao teatro. Gonzaguinha também esteve no Paiol em um de seus últimos shows.


Hoje o teatro que é o símbolo da Fundação Cultural de Curitiba, é um dos pontos turísticos da cidade. Além das apresentações é também aberto para a visitação. No espaço se encontra fotos dos artistas que já se apresentaram ali e de como era o lugar antes de se tornar um teatro. Também há umas das paredes do teatro dedicada às assinaturas dos artistas.


”O teatro é, nas suas variadas formas, a mais personalizada dentre as manifestações artísticas do homem”, frase dita por Jaime Lerner, prefeito de Curitiba na época e quem deu vida ao projeto de transformar o antigo paiol de pólvoras em um teatro.

No interior do teatro, se encontram fotos de como era antes o espaço. (Crédito Caroline Oliveira)

O teatro foi inaugurado em 1971 com um show que marcou a presença de Vinicius de Moraes, Toquinho,entre outros artistas. (Crédito Caroline Oliveira)

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