Theatro treze de maio: amor pela arte que passa de mãe para filha
A história do Theatro Treze de Maio na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul, se mistura com a história de sua diretora, a farmacêutica e bioquímica Ruth Sopher Pereyron, de 68 anos. Mas o que explica a paixão de uma farmacêutica com as artes? Uma herança familiar. Ruth é filha de Eva Sopher, judia, refugiada no Brasil, que comandou por 43 anos o teatro São Pedro, em Porto Alegre.
Ruth desembarcou em Santa Maria para trabalhar em uma universidade, mas o interesse pelas artes falou mais alto e a fez reinaugurar em 1997, o Theatro Treze de Maio, que há 54 anos funcionou como um centro cultural. Ela mesma conta que herdou de sua mãe o amor pelo teatro: “minha mãe sempre me levava aos concertos e aos teatros quando eu morava com eles, eu era bem pequeninha”, lembra.
O Theatro Treze de Maio é um dos mais tradicionais do sul do Brasil. Segundo dados históricos do teatro, seu palco já recebeu os mais importantes atores brasileiros, com grandes nomes como Paulo Betti, Tony Ramos e Fernanda Montenegro.
Ruth diz que para gerir um teatro por tantos anos, segue o conselho de sua mãe, que “É como cuidar da tua casa, tu tens que manter a tua casa, sempre ter tudo funcionando e receber bem as pessoas”, lembra.
Fazendo do teatro sua
própria casa, dona Ruth reescreve a trajetória que sua mãe já desenhou. Já o “Treze” vai se tornando um marco na cultura de Santa Maria.