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Em busca de uma nova vida

Brasil continua recebendo imigrantes haitianos, a maioria está há mais de um ano longe da mulher e dos filhos.

Após a devastação causada pelo terremoto de 2010 no Haiti, muitos vieram para o Brasil em uma tentativa de recomeço. Segundo os dados da CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados), em 2017 o Brasil teve o maior número de requerimento de refúgio, 7% dessas solicitações eram de Haitianos. Curitiba é a quarta cidade do País a receber mais imigrantes desta nacionalidade, de acordo com a Associação para a Solidariedade dos Haitianos no Brasil (ASHBRA), estima-se que 2,5 mil haitianos tenham se estabelecido em terras curitibanas recentemente.

Com a crise que afetou o Brasil em 2016, Jean foi dispensado da empresa onde trabalhava, juntamente com outros amigos haitianos foram para os Estados Unidos(EUA) com a promessa de conseguir um novo emprego. Todo mês Jean manda uma quantia em dinheiro para Elda e seu filho aqui no Brasil.

Em conversa com Elda Gercilus, a mesma conta seus maiores desafios de viver aqui no Brasil:

  • Qual foi a maior dificuldade para se adaptar aqui no Brasil?

R. Não tive muita dificuldade, dois meses depois que cheguei no Brasil, já consegui emprego em uma empresa de limpeza, o maior problema é chegar no serviço até as 6:00hrs, preciso pegar o ônibus às 5:15hrs.

  • Após o nascimento do Max Carliens, foi complicado continuar no emprego?

R. Consegui 5 meses de licença, o que está sendo difícil é achar vaga na creche para matricular o Max, ou alguém que cuide dele às 5horas da manhã.

  • Qual a maior diferença que você sentiu entre o Haiti e o Brasil?

R. Senti diferença no acolhimento e ajuda entre as pessoas. Por exemplo no Haiti tem bastante famílias que ajudam as outras. Se fosse lá no Haiti, eu teria conseguido alguém para cuidar do Max para que eu pudesse ir trabalhar sem medo.

Mas também encontrei aqui no Brasil, muitos brasileiros que me ajudaram. Eu gosto muito dos brasileiros.

  • Tem vontade de voltar para o Haiti?

R. Tenho, sinto muitas saudades da minha mãe, sempre que falo com ela pelo telefone, eu e ela choramos. Deixei no Haiti 5 irmãos e meus pais.

Texto e fotos: Gabriel Guimarães

Edição: Sionelly Leite

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