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Morador de rua: uma escolha de vida ou uma consequência?

Porto Alegre é capital do estado Rio Grande do Sul, e conta com com 1.409.351 habitantes, segundo dados do IBGE de 2010, no bairro Bela Vista, de alto poder aquisitivo. Na Av. Carlos Gomes, encontramos o nosso personagem, que destoa dos demais moradores. Ele se chama Adão Leomar Franco, catador de latas, nascido em Minas do Butiá em 14/05/1956.


Adão Franco, na Av. Carlos Gomes, diante de sua morada

A história de Adão não é muito diferente de outros moradores em situação de rua que conhecemos. Ele saiu de sua cidade natal rumo à Porto Alegre após a morte de seus pais. Separou-se dos irmãos e cada um deles tomou o seu rumo. Trabalhou como pedreiro e quando a empresa onde trabalhou perdeu o contrato com a prefeitura, restou-lhe sair pela cidade catar latas e papéis, sempre dormindo na rua.


Uma expressão de quem é feliz com sua fiel escudeira


Certa vez, conta Adão, quando morava em um depósito, desentendeu-se com o proprietário que o abrigava e voltou para rua. Morou nos bairros Menino Deus, Sarandi e na Vila São Borja. O bairro que melhor o acolheu foi o Bela Vista. Moradores e funcionários de um hotel nas proximidades oferecem local para banho e comida no final do dia. Uma veterinária o ajuda com a sua vira-lata: deu a casinha e mensalmente leva a ração.


Uma “casa” organizada e limpa dentro de suas condições

Adão tem contato com a irmã, que mora no Rio de Janeiro, e quer levá-lo para lá, mas só vai se tiver um emprego, pois como diz: “não gosto de incomodar”. Adão pode não ser um CEO, uma celebridade, mas é alguém importante, para muitas pessoas que o ajudam. É mais que um morador de rua, é um cidadão brasileiro.



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Texto e fotos: Márcia Sobotyk, Porto Alegre-RS

Edição: Sionelly Leite

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