A Liberdade no Esporte Adaptado
Que a pratica esportiva é boa para a saúde todos estão cansados de saber, para crianças e adultos com mobilidade reduzida isso não é diferente. O esporte adaptado começou como um suporte para o processo terapêutico dos pacientes, entretanto acabou ganhando outro significado e passou a dar novas possibilidades.
As corridas proporcionam para crianças e adultos diversão e inclusão através do esporte
A Pluralidade dentro do esporte abre um leque de oportunidades para seus praticantes, faz bem à saúde do corpo e da mente e testa limites e potenciais. Melhora também as condições cardiovasculares, a coordenação motora, a agilidade e o equilíbrio. Aumentando a independência e a sociabilização dos envolvidos, beneficiando sua autoestima.
"O vento na cara. O sorriso no rosto. A sensação de liberdade": este é o lema do projeto Pernas, pra que te quero
Embora no Brasil tenha surgido por volta dos anos 60 e seja considerada recente, o esporte adaptado foi criado na primeira década do século XX. Era voltado primeiramente para a inclusão de deficientes auditivos, mas tarde surge a modalidade para os com deficiência visual dentro da natação e do atletismo. Para jovens com mobilidade reduzida apenas após a Segunda Guerra Mundial, que acabou deixando muitos mutilados.
Os participantes são conduzidos nas cadeiras de rodas por equipes de voluntários que se revezam durante a corrida
Muitos projetos sociais incentivam a prática e a inclusão através do esporte. Um exemplo disso é o projeto Pernas, pra que te quero, que insere crianças e adultos em cadeiras de rodas em diversas corridas de rua.
Para Rebeca Paciornik Kuperstein, responsável pelo projeto, as corridas proporcionam momentos de diversão através do esporte: "Trazer experiências como essas para adultos e crianças que nunca puderam vivenciar é dar sensação de pertencimento e igualdade". Como o próprio slogan reafirma "O vento na cara. O sorriso no rosto. A sensação de liberdade" são pequenas coisas que já transformam vidas.
Pernas pra que te quero insere crianças e adultos em cadeiras de rodas em diversas corridas de rua
Para a adaptação da modalidade é aconselhável que o espaço seja sinalizado e limitado, sem obstáculos que impeçam a locomoção. Os materiais devem ser específicos para cada modalidade e deficiência e as regras devem ser ajustadas para atender melhor a cada atleta. Criando assim o máximo de igualdade e inclusão.
As corridas trazem além da inclusão, a sensação de pertencimento e conquista para seus participantes
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Texto e fotos: Larissa Turko, Curitiba-PR | Especial para Revista F
Edição: Daniela Neves e Sionelly Leite