O preconceito vivido por transexuais
Para falarmos de transexualidade precisamos entender do que se trata. O transexualismo é quando ocorre a alternância de sexo, quando uma pessoa faz a mudança de sexo pois sente que não está no corpo certo, com isso a pessoa passa a tomar alguns hormônios e faz a cirurgia de mudança sexo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que a cirurgia de transgenitalismo deve ser realizada obedecendo alguns critérios.
Doutora Gisele Alessandra, assessora jurídica transexual do Grupo Dignidade, uma ONG que atua a favor da comunidade LGBT em Curitiba
A mudança de sexo é uma transição um tanto difícil. Luana Capettini, 21, conta que mesmo que sua família e amigos percebessem que era mais delicada desde criança, a mudança não foi fácil. “O medo às vezes te impede de ser feliz”, desabafa. Muitas vezes esse medo acontece por causa do preconceito que os transexuais sofrem. Vivendo desde xingamento na rua, casos de violência física e até no mercado de trabalho, Luana foi reprimida pela sua vestimenta e pelo seu nome social. Não muito raro, existem casos em que alguns transexuais não conseguem sequer vaga de emprego.
O preconceito contra transexuais acontece todos os dias. O Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo. Em 2016 foram 343 casos de assassinatos da população LGBT no país, em que 42% desses casos foram contra transexuais. “Ao mesmo tempo que o Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo, também é o país que mais procura pornografia trans.”, conta a Gisele Alessandra, que representa o Grupo Dignidade, uma ONG que atua ao lado da comunidade LGBT em Curitiba.
Algumas ONGs, como é o caso do Grupo Dignidade, oferecem ajuda para essa comunidade, através da promoção e defesa dos direitos dos transexuais. Além disso promovem marchas pela diversidade e estudam forma de agilizar denúncias de preconceito na cidade através de aplicativos de celulares.
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Texto e foto: Gloria Azevedo, Curitiba-PR | Especial para Revista F
Edição: Marcia Boroski e Sionelly Leite