Equoterapia: Reintegração do paciente na sociedade
A equoterapia é um dos tratamentos mais benéficos para portadores de necessidades especiais. O método terapêutico e educacional com cavalos ajuda nos aspectos motores, cognitivos e comportamentais.
Vitor Campos, diagnosticado com paralisia cerebral, em uma das atividades da pré equitação
Em Curitiba, o Instituto Andaluz, da fisioterapeuta Ana Carolina Azzoni Pereira Matos, se destaca nesta área. Num espaço dentro da Sociedade Hípica Paranaense, o local proporciona aulas que visam uma melhora na qualidade de vida, dos portadores de necessidades especiais, pelo contato com os cavalos.
No ano de 2008 o Instituto Andaluz começou atendendo 35 pessoas com algum tipo de deficiência. Atualmente atende mais de 100 pacientes com paralisia cerebral, autismo, síndrome de down, síndrome de angelman, síndrome de west, entre outros.
Como fonte de recursos, o Instituto Andaluz conta com doações de alguns pais de pacientes, pessoas físicas e jurídicas, que apadrinham uma criança ou adolescente de baixa renda. O tratamento é desenvolvido em diferentes fases, dependendo do tipo de necessidade especial. Os pacientes passam por uma avaliação inicial, com profissionais fisioterapeutas e psicólogos, onde são traçados alguns objetivos de tratamentos. Após, é definido as atividades e quantidades de aulas a serem realizadas, de acordo com cada patologia.
Na fase de hipoterapia, busca-se o ganho de equilíbrio, além do controle de tronco e cabeça. Ana Carolina diz: “o autista, por exemplo, vai ganhar o início do convívio social. Primeiro vai em busca do cavalo, fazendo a aproximação com o animal. Depois da percepção de onde está e o que está fazendo, tendo o vínculo com os terapeutas.”
Em outra fase, a de pré-equitação, necessita do instrutor para dar aula. O paciente passa a ter a capacidade de ficar sozinho no cavalo, aprende o manejo, como montar e algumas noções básicas do esporte. "Aprendem a ter autoconfiança, disciplina e concentração”, conta Ana Carolina sobre os pacientes.
Solange de Fátima Campos da Silva, mãe de Vitor Campos e Davi Campos, ambos com paralisia cerebral, comemora os resultados do tratamento: “a equoterapia, para eles, tem ajudado muito no equilíbrio e no emocional, passando confiança. É uma atividade que eles gostam de praticar.”
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Texto e foto:
Edição: Marcia Boroski e Sionelly Leite