O colorido das artes e dos sonhos de Francisco Melo
Inaugurado em março de 2006, o Centro Social Cultural Francisco Melo é ponto de referência para visitas e pesquisas em Altamira, no Pará. O local, que pertencia à Associação dos Filhos Natos de Altamira, foi cedido ao artista que usa o ambiente para fazer e expor suas pinturas e esculturas.
Francisco Melo ao lado do quadro mais antigo do ateliê, feito em Belém do Pará
Francisco Pereira de Melo Sobrinho nasceu no interior do Piauí, e desde a infância teve interesse na área artística. Com o sonho de conhecer o Pará viajou para a capital Belém, onde percebeu que tinha jeito para arte, fazendo gravura e pintura em copos. “Eu fui no Ver-o-Peso e trazia copos de alumínio, aí eu sentava e 'arrodeava' de gente. O povo parava para ver e comprava”, conta o artesão.
Melo pintou cerca de 300 telas, a maioria vendida para visitantes de fora da cidade
Membro do Movimento Artístico de Belém, Francisco participou de várias exposições, e foi precursor do Movimento de Libertação do Artista Plástico, com o objetivo de expor obras em locais públicos. Conhecido como Seu Melo, o artista chegou a Altamira, no Pará, em 1972, época em que a cidade tinha cerca de 15.345 habitantes, segundo dados do IBGE, e começou a produzir várias obras. Muitas delas são expostas na cidade. Com 85 anos, o artista sorri e fala: “Isso é minha vida, eu vivo aqui, isso é o que faz eu viver mais”, finaliza.
O Centro Social Cultural Francisco Melo já recebeu centenas de visitas, inclusive de estrangeiros
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Texto e fotos: Higor Queiroz de Oliveira Souza, Altamira-PA
Edição: Sionelly Leite