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Pouco movimento, muito barulho

Inaugurada em 1906, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil já transportou milhares de pessoas em seus tempos áureos, entre as décadas de 1960 e 1980. Agora, serve apenas para passeios esporádicos e para transporte de cargas como a celulose, que vem do Mato Grosso com destino à Santos.


Duas das locomotivas presentes na estação de Bauru, São Paulo



A ferrovia tem uma extensão de 1622 quilômetros, segundo o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, e sua linha tronco vai de Bauru, São Paulo, até Corumbá, Mato Grosso do Sul. Apesar de aparentar um lugar abandonado, os ruídos da ferraria mostram que o lugar ainda está em funcionamento.


O eletricista Roberto Rodrigues, que trabalha no local realizando reparos e manutenção



“É barulho o dia inteiro”, queixa-se Roberto Rodrigues, 39, eletricista tanto do Museu Ferroviário de Bauru quanto da estação. O som, porém, não é de pessoas ou do ferro em atrito com os trilhos, como antigamente. Mas de cornetas, trompetes, acordeões, já que o local abriga aulas da Orquestra Municipal de Bauru para 300 crianças e jovens. “Sempre que os trens passam aqui, param na oficina ali na frente para manutenção. Aí ficam os seguranças armados, cuidando da carga”, finaliza Roberto.



O relógio, uma peça dos anos de 1930, foi instalado recentemente na estação



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Texto e fotos: Flávio Croffi, Bauru-SP

Edição: Sionelly Leite

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