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Inteligência artificial ajuda ou dificulta a vida?

Em um futuro não tão distante, as máquinas tomariam o lugar dos seres humanos. Essa era a ideia proposta por Isaac Asimov em seu livro Eu, Robô, escrito na década de 1950. Hoje isso não está tão distante, mas será que as máquinas ocupariam o lugar do homem ou o ajudariam?




Cada vez mais se investe em Inteligência Artificial (IA) no Brasil, um exemplo disso, é a Associação Brasileira de Inteligência Artificial (ABRIA), que busca ajudar diversas empresas a adotarem a IA por meio de plataformas e ao estabelecerem uma comunicação entre empresas nacionais e internacionais por meio dessa tecnologia. Neste ano, a revista Exame fez um ranking das empresas mais valiosas do mundo, empresas como a Apple, Amazon, Microsoft, entre outras. Algumas dessas empresas se destacam, porque estão sempre investindo em novas tecnologias.


A Microsoft, transnacional norte-americana, gasta cerca de bilhões em suas dispositivos tecnológicos. Em maio deste ano (14/05) foi lançado o Projeto Brainwave, criado para fazer cálculos em tempo real sem que haja atrasos e o Azure Machine Learning, que armazena arquivos na nuvem. Além de outras plataformas de IA que ajudam na manutenção de prédios e na recarga e descarga de mercadorias em caminhões. Também o Ochsner Health System que alerta quando o paciente está prestes a ter uma parada cardíaca.


Conversamos com Heitor Mocelin Ferreira, engenheiro encarregado de desenvolver os dispositivos de nuvem da Microsoft em outras empresas, perguntamos sobre o uso de Inteligência Artificial na empresa e ele diz “A Microsoft tem feito gigantescos investimentos em inteligência artificial no decorrer dos últimos anos e já criou um laboratório dedicado à pesquisas de IA que possui mais de 100 pesquisadores dedicados aos projetos. O investimento em IA pela Microsoft já rendeu alguns dos produtos que estão disponíveis como a assistente pessoal do Windows 10 Cortana e também o Microsoft Translator que utilizam os serviços cognitivos da Microsoft.”


Também, entramos no assunto sobre alguns trabalhos que antes eram feitos por seres humanos e hoje são feitos por máquinas. Para ele, as máquinas não serão capazes de substituir os seres humanos e sim ajudar, “Eu entendo que a substituição de trabalhos que envolvem processos que consistem em tarefas repetitivas é inevitável.”


Heitor também explica sobre os softwares de armazenamentos de nuvem, utilizado por empresas de todo o mundo, “Isso não é apenas algo do futuro, mas sim uma realidade, um exemplo muito claro é a computação na nuvem que visa prover serviços computacionais sob demanda e automatiza diversas atividades de manutenção de infraestrutura. Neste contexto muitas das empresas que utilizavam uma infraestrutura própria de servidores e uma equipe de pessoas para mantê-los estão preferindo adotar os serviços de nuvem pois o custo é menor. Isso tem causado a redução da necessidade de profissionais para trabalhar com infraestrutura.” Muitas empresas recorrem ao uso de softwares para armazenar dados importantes, principalmente na “nuvem”, ou seja, em um local dentro da internet que pode ser acessado em qualquer lugar e compartilhado.


O engenheiro ainda afirma que o futuro da tecnologia pode ajudar em diversos processos dentro de uma empresa, “Eu acredito e trabalho com automação de processos, aumentando a eficiência dos serviços de tecnologia os tornando mais autônomos. Este é um processo natural no cenário de aprimoramento tecnológico, onde temos por natureza processos sendo repensados para alcançar mais custando menos recursos.”


Outro tema que permeia o uso de Inteligência Artificial, são teorias de que ela pode um dia substituir os seres humanos ou até mesmo se revoltar contra eles. O aplicativo norte-coreano SimSimi que tinha o intuito de um promover o bate-papo entre humanos e máquinas, foi proibido no Brasil, pois foi indicado que a máquina começou a responder com xingamentos os usuários e até mesmo falar sobre conteúdo impróprio. Além de um robô criado pela Microsoft que começou a apresentar características nazistas e preconceituosas.



Este tema também é abordado na série norte-americana Westworld, exibida no canal HBO, baseada no livro de Michael Crichton da década de 1970. No enredo, robôs de um parque temático, estilo Faroeste, começam a se revoltar contra os visitantes por devido suas experiências passadas lembrarem de quem os feriu ou matou amigos e familiares. Mesmo que no mundo da ficção, haverá um momento em que as máquinas poderão ser revoltar contra os humanos?

Heitor acredita que as máquinas podem extrair bons ensinamentos dos seres humanos, “Tendo em vista que o homem é o criador da máquina, não há dúvidas de que o conhecimento obtido pelos softwares cognitivos têm como fonte de seu conhecimento a capacidade cognitiva do próprio ser humano.”


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Texto: Karina Zanyck, especial para Revista F

Imagem: Freepik

Edição: Sionelly Leite

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